A busca por terapia é algo bastante subjetivo, afinal, só você irá saber quando é o momento certo de utilizar esse recurso e se irá fazer sentido dentro da sua vida e da sua problemática. Não existe nenhuma regra, mas geralmente a vontade de iniciar terapia vem de algum desconforto ou algum problema que a pessoa está enfrentando no momento e procura ajuda para conseguir passar por isso.
Cada pessoa tem seu tempo e seus porquês, mas irei trazer aqui três pontos que são comuns de aparecerem no consultório como norteadores dessa busca. E é importante salientar que nem todo mundo que se encontra em algum desses três motivos recorre necessariamente a terapia. Pois como eu disse, é uma decisão muito individual e de acordo com o momento e história de vida de cada um. Mas, espero que esses pontos ajudem a esclarecer algumas dúvidas relacionadas à quando buscar ou não uma psicoterapia.
1. Problemas da contemporaneidade
Aqui entram as questões como Ansiedade, Depressão e Burnout por exemplo, mas, não precisamos nos ater a diagnósticos. De alguma forma ou de outra somos todos impactados pela sociedade e pela cultura em que vivemos, a questão é em que nível conseguimos lidar com todas as demandas desse mundo que nos exige tanto, sem adoecermos. Insegurança, estresse, baixa autoestima, procrastinação, culpa, são alguns dos sintomas que fazem parte do dia-a-dia de muitas pessoas, e que podem ser resultado de uma realidade de intensa cobrança e produtividade. A terapia surge como um ótimo auxílio para aprender a lidar com essas questões.
2. Autoconhecimento
Nos últimos tempos, o autoconhecimento passou a ser quase um jargão popular, onde “conhecer a si mesmo” parece ser a resposta para todos os nossos problemas. Mas a busca pelo autoconhecimento muitas vezes surge a partir de alguns “porquês”. A pessoa começa a perceber aspectos na sua vida e nas suas relações que não entende muito bem, ou não consegue entender porque age de determinada forma, ou porquê tem certos tipos de reações, ou quer descobrir de onde vêm certo desconforto que parece lhe atormentar. É como se fossem enigmas que a pessoa não consegue desvendar sozinha, e então busca ajuda profissional para descobrir essas respostas sobre si.
3. Repetições
E o terceiro e último motivo, são as repetições, ou seja, aqueles momentos em que a pessoa se percebe fazendo ou sentindo algo de forma repetitiva, quase como que um padrão. Por exemplo, a pessoa percebe que em seus relacionamentos, as brigas geralmente acontecem pelo mesmo motivo; ou no trabalho se percebe tendo sempre as mesmas dificuldades; ou sente sentimentos negativos parecidos de forma repetitiva. Esses momentos são como sinais que indicam que algo na forma de se relacionar com o mundo e consigo mesmo precisa ser olhado com mais atenção, para que novas respostas possam surgir e o padrão consiga ser mudado. Nesse sentido, a terapia serve como um excelente auxílio para essa busca.
Lembrando que a psicoterapia pode ser apenas um espaço para organizar as ideias e para escutar a si mesmo. Ainda existe um estigma em cima da psicoterapia, como sendo algo reservado a pessoas que passaram por um trauma ou possuem algum diagnóstico. Mas a realidade têm mostrado que uma maior variedade de pessoas têm se permitido experimentar esse recurso que é extremamente valioso em uma busca por mais saúde.
Se você se identifica com algum desses pontos, ou tem interesse em iniciar uma psicoterapia, não deixe de entrar em contato! O principal e mais importante motivo para iniciar, é ter vontade!
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